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Que elementos constituem a superfície do olho?

A superfície ocular (córnea, conjuntiva, glândulas lacrimais acessórias), as glândulas meibomianas (glândulas sebáceas específicas da margem palpebral), a glândula lacrimal principal e a inervação entre elas formam uma unidade funcional.

Como o olho fica molhado?

A umidade do olho é essencial por razões ópticas e fisiológicas, que é mantida graças às secreções de lipídios, humor aquoso e mucosa. O filme lacrimal é descrito como um gel de mucina hidratado interativo, com lipídios presentes não apenas na superfície do filme lacrimal, mas também associados a proteínas que se distribuem por todo o gel. Os lipídios evitam a evaporação e estabilizam o filme lacrimal, e a interrupção da secreção lipídica resulta em evaporação aumentada e desestabilização do filme lacrimal. A camada aquosa constitui a maior parte do filme lacrimal e fornece nutrientes essenciais e oxigênio para a córnea avascular, auxilia na remoção de detritos metabólicos e detritos, protege a superfície ocular transportando proteínas e enzimas bacteriolíticas e fornece umidade para a superfície ocular . A mucina cria uma barreira hidrofílica lisa no epitélio da córnea para umedecer a superfície ocular e protegê-la da dessecação.

Quais são as glândulas meibomianas?

São glândulas localizadas nas bordas das pálpebras que produzem e secretam o meibum, substância oleosa que ajuda na estabilidade do filme lacrimal e que é secretada em maior quantidade a cada piscar. Meibum é aproximadamente 77% de cera e esteróis, 8% de fosfolipídeos e 9% de diglicerídeos e triglicerídeos e hidrocarbonetos em indivíduos normais.

Qual é o papel dos ômega 3 e antioxidantes na função do olho?

O olho humano está constantemente exposto à luz solar e à luz artificial. A superfície do olho e a córnea protegem os demais tecidos oculares e estão altamente expostas ao estresse oxidativo de origem ambiental. Fontes exógenas de ROS, como luz ultravioleta, luz visível, radiação ionizante, quimioterapia e toxinas ambientais, contribuem para o dano oxidativo nos tecidos oculares.

A importante ação biológica dos ácidos graxos ômega-3 se manifesta por meio de seu papel na integridade estrutural e funcional das paredes celulares (na forma de fosfolipídios), com especial referência para o sistema nervoso, a retina, entre outros, e também através da regulação local de hormônios que regulam os elementos inflamatórios, a viscosidade e os processos de vasoconstrição.

O fluido lacrimal contém vários antioxidantes para proteger a superfície ocular contra certos radicais, como ácido ascórbico, cisteína, etc. Ele também contém níveis normais de enzimas antioxidantes, como SOD, glutationa peroxidase, catalase e o mineral cálcio, que inibem os radicais livres no filme lacrimal. A família de enzimas SOD é um dos sistemas antioxidantes mais eficazes e consiste em três enzimas SOD1, SOD2 e SOD3. A SOD1 é responsável por 90% da atividade total da SOD e está presente em alta concentração em todos os tecidos.