Astenia de Primavera: O que é e porque acontece?
Publicado: 12 Março, 2024 | 14'
A despedida do inverno e a chegada da primavera com a mudança horária e o aumento da temperatura podem afetar o nosso organismo. Durante este período de mudança é comum estarmos mais cansados do que o habitual e sentir falta de energia, mas sabes por que é que isso acontece?
O Dr.Jacinto Valverde Navas, chefe do serviço de Medicina Interna do Hospital Beata María Ana de Jesus, ajuda-nos a entender melhor o que acontece no nosso organismo durante esta mudança de estação.
O que é a astenia primaveril?
“A astenia primaveril é o nome que se dá ao distúrbio temporário que algumas pessoas podem sentir e que se manifesta com sintomas como tristeza, perda de apetite ou fadiga”, explica o médico, “isto acontece porque o nosso relógio biológico tem de se adaptar ao novo clima e isso retira-nos energia”.
Quem sofre de astenia primaveril?
Como já mencionámos anteriormente, é um processo temporário que pode afetar geralmente as pessoas entre os 20 e 50 anos, embora seja mais comum em mulheres. Se a sensação de astenia for persistente, é aconselhável consultar um especialista, pois pode ser devido a depressão ou anemia.
Quando ocorre a astenia primaveril?
A astenia manifesta-se precisamente com as mudanças de estação:
- A chamada astenia primaveril, a mais frequente, costuma começar com a mudança de estação do inverno para a primavera, que é quando ocorre a principal mudança de temperatura de um clima frio para um clima mais quente, coincidindo com o aumento das horas de luz durante o dia.
- Também pode ocorrer no outono com sintomas semelhantes, resultantes da mudança para o horário de inverno, com a consequente redução das horas de luz, deixando para trás o bom tempo e dando lugar ao frio.
Sintomas mais comuns da astenia primaveril
Embora a sensação geral de astenia seja a de cansaço ou fadiga, criando uma sensação de fraqueza geral, a astenia primaveril pode apresentar outros sintomas, nós contamos-te os principais.
Fadiga física e mental
“A astenia pode ser identificada principalmente por fraqueza em geral, mas também pode causar fadiga mental e corporal, bem como cansaço excessivo”,, diz-nos o Dr. Valverde.
Perturbações do sono
Devido às mudanças nas horas de luz do dia, o ritmo circadiano do sono é afetado, o que causa alterações na nossa rotina de sono. Assim, durante os períodos de astenia, podemos apresentar perturbações do sono, podendo levar a sonolência durante o dia e sentirmo-nos desprovidos de energia por não termos descansado corretamente à noite.
Dificuldade de concentração
Os sintomas da astenia estão interligados, portanto, se não estamos a descansar adequadamente à noite, provavelmente, sentiremos mais cansaço e sensação de atordoamento durante o dia. Por isso, pode ser que tenhamos dificuldade em concentrar-nos.
Mudanças de humor
A irritabilidade ou mudanças de humor também são habituais neste processo, sentindo-se, por exemplo, tristeza sem causa aparente. “Por nos sentirmos mais cansados é comum não termos vontade de fazer nada, por isso, podemos estar mais irritados, até chegar a ter episódios de ansiedade ao percebermos que não conseguimos fazer tudo o que temos para fazer ou ao exigir mais de nós mesmos do que o habitual”, diz o médico.
Dores de cabeça
A dor de cabeça pode surgir devido à alteração do descanso noturno. “O nosso cérebro é afetado pela mudança de qualquer rotina”, segundo o Dr. Valverde, “o fato de mudar os horários de sono e até da nossa alimentação pode despoletar qualquer tipo de cefaleia”.
Perda de apetite
A mudança de estação e a presença de astenia levam a mudanças tanto nas nossas rotinas como nos nossos processos fisiológicos. O apetite pode diminuir durante este período e pode haver perda de peso.
Quanto tempo dura a astenia primaveril?
Como o Dr. Valverde bem nos explicou, “a astenia primaveril não é geralmente considerada uma condição clínica, mas sim um problema sazonal, porque ocorre especificamente com a mudança de estação”.
“Mas não há razão para preocupação, estes sintomas são sempre leves e não costumam durar mais do que três semanas”, acrescenta, embora neste período é normal que a condição física de cansaço, desconforto ou irritabilidade possa afetar as atividades diárias e as relações interpersonais.
Causas de astenia primaveral, porque ocorre?
A astenia primaveral tem origem no hipotálamo, uma glândula localizada no cérebro que regula, entre outras coisas, a temperatura, a sede, o apetite, o sono e a vigília. Esta glândula altera-se com a mudança do tempo, sendo, por isso, afetada com a chegada de uma nova estação.
Mais do que um distúrbio psicopatológico, trata-se de um distúrbio temporário, físico e mental, relacionado com a mudança do horário com mais horas de luz por dia e o aumento da temperatura. Além disso, também ocorrem mudanças devido à humidade e à pressão atmosférica.
Também pode estar associado a estresse prolongado, atividade física excessiva, insónia, ansiedade, depressão e também a hábitos nutricionais incorretos ou deficitários.
Mudanças ambientais
Com a chegada do bom tempo, o nosso relógio biológico tem de se adaptar ao novo clima, o que representa um gasto extra de energia nas atividades rotineiras.
- Seja devido à diminuição das beta-endorfinas no plasma, que regulam o sistema bem-estar-malestar.
- Devido à presença de pólen na atmosfera.
- Por processos associados a estados de humor.
- Ou por alguns aspectos relacionados com o distúrbio do sono.
A perceção de saúde depende de cada pessoa. Podemos sentir-nos deprimidos devido à sonolência face à mudança de horário ou, pelo contrário, a luminosidade pode ativar-nos e estimular-nos para um aumento de atividade.
Relógio biológico e mudanças na luz
O nosso relógio biológico é programado pelos estímulos externos que percebemos e um deles é indubitavelmente a luz, que é sincronizadora de todos os ciclos que ocorrem no nosso corpo.
Ao expormo-nos a ela, algumas células que se encontram na retina encarrega-se de enviar informação a uma zona do cérebro que abriga este relógio, responsável por sincronizar os processos que ocorrem no nosso corpo. A área em questão é o núcleo supraquiasmático, que se localiza no hipotálamo.
Isto implica muitos processos internos, que são sensíveis às mudanças ambientais. Por isso, um aumento no número de horas de exposição à luz natural, que em princípio é recomendável para manter uma boa saúde mental e física, pode desestabilizar temporariamente esses processos, até que se adaptem às mudanças.
Conselhos para combater a astenia
Segundo o Dr. Valverde, "este distúrbio de astenia primaveral que consideramos transitório não requer um tratamento específico, mas sim um processo de adaptação do organismo às novas condições ambientais"
Prevenção da Astenia Primaveral
"Ter um estilo de vida saudável é a base para manter o nosso organismo e o sistema imunitário em plena forma como principal forma de evitar que os fatores externos afetem a nossa energia em épocas de mudança sazonal", informa o médico, "complementar a dieta com suplementos alimentares pode ser útil para proporcionar um plus de vitalidade e ajudar a minimizar o impacto da mudança sazonal".
Seguir algumas diretrizes irá ajudar-nos a enfrentar as épocas de mudança e os sintomas da astenia primaveral:
- Seguir uma dieta variada e equilibrada, baseada em alimentos frescos e ricos em vitaminas e minerais.
- Adotar um estilo de vida saudável com a prática de atividade física moderada.
- Ter uma rotina de sono adequada e dormir o número suficiente de horas por dia.
- Levar um ritmo de vida calmo e evitar o stress.
- Usar suplementos alimentares, sempre sob a supervisão de um profissional da saúde.
Adaptação à mudança de estação
Com o objetivo de minimizar os possíveis sintomas que aparecem derivados tanto pela mudança sazonal como da nossa rotina diária, podemos iniciar duas semanas antes da data de renovação sazonal um processo de adaptação com diretrizes como:
- Regular o horário de sono e de refeições.
- Ir avançando uns minutos, neste período, o relógio até alcançar gradualmente a hora oficial.
- Iniciar exercícios leves.
Na verdade não existe um tratamento específico para atenuar os sintomas da astenia primaveral. Mas sim, é possível minimizar seus efeitos acelerando o processo de adaptação do organismo mediante a adoção de uma série de medidas.
Dormir bem e ajustar a rotina de sono
Antecipar-se e adaptar gradualmente a rotina diária à mudança de horário, é uma das medidas que podemos adotar para tentar reduzir algum sintoma relacionado com a astenia.
Uma medida fundamental para antecipar-se e adaptar-se à mudança de estação é seguir mantendo uma rotina de sono adequada: a astenia primaveral afeta a secreção da melatonina (hormona que induz o sono e que o nosso organismo produz naturalmente) e pode causar alterações do sono, o que produz um descanso insuficiente e não reparador.
O manter um horário adequado ou regular de sono, significa deitar-se e levantar-se à mesma hora todos os dias, sempre que possível. "Devemos tentar manter o número de horas de sono por dia", recomenda o médico, "bem como criar um ambiente adequado para dormir e adotar uma série de hábitos que nos ajudem a induzir o sono, como jantar pelo menos uma hora antes de ir para a cama, reservar o quarto apenas para dormir e baixar as persianas caso haja luz diurna".
Alimentação saudável
"Uma nutrição adequada permitirá ao nosso organismo obter dos alimentos os nutrientes necessários para o normal funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico e combater assim a astenia", informa-nos o Dr. Valverde. Para isso, devemos seguir uma dieta variada e equilibrada.
Consumir alimentos que contenham quantidades suficientes de vitaminas e minerais
A alimentação deve adaptar-se às necessidades que as novas condições ambientais geram no organismo, "recomendo consumir menos alimentos hipercalóricos e aumentar a presença de frutas e legumes frescos de época na nossa dieta diária", acrescenta.
Manter uma ordem nas refeições
Durante o dia, deve-se manter uma certa ordem e rotina em relação às refeições. Além disso, recomenda-se que o pequeno-almoço forneça energia suficiente com a ingestão de cereais, preferencialmente integrais pelo seu aporte de fibra e nutrientes, juntamente com fruta e produtos lácteos. Por outro lado, os jantares devem ser mais leves e serem tomados pelo menos duas horas antes de deitar para evitar que a digestão interfira com o sono.
Beber água suficiente
A hidratação também desempenha um papel importante. Por isso, deve-se ingerir pelo menos dois litros de água por dia ou complementar com infusões ou sumos de fruta natural.
Além disso, especialmente em épocas quentes como a primavera e o verão, o nosso organismo transpira mais e necessita de mais líquidos.
- Evitar o consumo de álcool e limitar a ingestão de cafeína
Tanto o álcool como a cafeína podem alterar os padrões do sono, pelo que evitar ou moderar a sua ingestão, ajudar-nos-á a manter uma rotina de descanso correcta durante o processo de mudança e adaptação à nova estação.
Praticar exercício físico
Praticar exercício físico de forma regular e frequente ajuda a enfrentar os sintomas da astenia como a apatia, a fadiga ou a alteração do ciclo do sono. Além disso, o exercício moderado liberta dopamina e serotonina, hormonas relacionadas com a felicidade e a sensação de plenitude.
Desta forma, a atividade física ajudar-nos-á a acelerar o processo de adaptação, facilitando a libertação do stress e a conciliação do sono, que será mais reparador.
Escolher atividades aeróbicas moderadas
Realizar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana é suficiente para manter-se ativo e começar a notar os benefícios de praticar exercício como melhorar o humor e o descanso, melhorar a mobilidade e flexibilidade das articulações, melhorar a resistência cardio-respiratória, entre outros.
Alguns exemplos de atividade física moderada são caminhar a passo rápido, dançar, nadar e até tarefas domésticas em casa.
Realizar exercício e atividades ao ar livre
O bom tempo e mais horas de sol será a desculpa perfeita para passar mais tempo fora de casa, por isso tentar fazer exercício ao ar livre permitir-nos-á aproveitar todos os seus benefícios. Pode aumentar a vitalidade, melhorar o bem-estar e a autoestima, sintomas frequentes durante a astenia primaveril.
Durante o inverno, a luz solar é muito mais reduzida do que na primavera e verão, por isso nestas estações devemos tentar expor-nos à luz solar todos os dias para tentar aproveitar ao máximo os seus benefícios. Um dos seus principais benefícios é que a luz solar favorece a produção de vitamina D na nossa pele e esta, por sua vez, ajuda a assimilar o cálcio, nutriente chave para o bem-estar dos nossos ossos.
Claro, esta exposição à luz solar é recomendada em horas matinais. Se vamos estar expostos por muito mais tempo, especialmente durante a tarde, é importante aplicar cremes que tenham fator de proteção solar (SPF), que protegem a pele e previnem o envelhecimento prematuro.
Ingredientes naturais para a astenia
Uma alimentação adequada, variada e rica em nutrientes é a base para fornecer ao nosso organismo as quantidades necessárias de proteínas, hidratos de carbono, gorduras, sais minerais, vitaminas e água. Além disso, podemos complementar com suplementos alimentares durante períodos de astenia primaveril.
O Dr. Valverde indica que "existem ingredientes naturais como a Geléia Real, o pólen ou o própolis, juntamente com outros suplementos que incluam vitaminas, minerais ou aminoácidos em forma de complementos alimentares". Acrescenta ainda que "a ação combinada destes ativos acredita-se que pode ser beneficiosa nestes casos com o objetivo de superar a fadiga física e mental".
Outros ingredientes que podem fornecer um extra em situações extraordinárias são a maca e o guaraná, e podem ser adicionados à nossa dieta perfeitamente.
Geléia Real
A Geléia Real tem sido utilizada tradicionalmente desde a antiga Grécia pois favorecia as capacidades físicas e intelectuais, bem como símbolo de longevidade e fertilidade.
A Geleia Real ajuda a combater o cansaço e a fadiga, devido à sua exclusiva combinação de proteínas, açúcares, lípidos, vitaminas, minerais e aminoácidos. Os aminoácidos presentes são 29, dos quais 10 são essenciais para o corpo humano. Além disso, é o alimento da abelha rainha e caracteriza-se pela sua relação de ácidos gordos insaturados que intervêm no metabolismo energético, destacando o ácido 10-hidroxi-2-decenóico (10-HDA).
As doses usualmente ingeridas chegam até 2 gr por dia, em adultos. A ingestão individualizada dependerá dos efeitos da astenia primaveral no nosso corpo. É importante salientar que, segundo a Autoridade Alimentar Espanhola (AESAN), não existem limites máximos de ingestão com a geleia real.
Pólen Aberto
O pólen contém uma grande variedade de ativos na sua composição, como proteínas, aminoácidos, carboidratos, lípidos e ácidos gordos, bem como compostos fenólicos, enzimas e coenzimas, juntamente com vitaminas e outros bioelementos. Graças a este elevado valor nutritivo, torna-se um ativo útil para promover o apetite. Por esta razão, tem sido comumente usado durante períodos de astenia.
A Autoridade Alimentar Europeia (EFSA on hold) reconhece a utilidade do pólen para estimular o apetite e nos estados de astenia (3135), além de ajudar a estimular a resposta imunológica e a manter a resistência às alergias (3136, 4695).
Concretamente, o pólen de abelha aberto possui uma boa assimilação pelo organismo. Em adultos, a dose diária pode chegar até aos 2 gr, e igualmente não tem limites máximos de ingestão diária pela AESAN.
Própolis Purificado
O própolis é uma substância que as abelhas produzem e, tal como a geleia real, também contém vários nutrientes e ativos com até doze tipos de flavonoides entre os quais se destacam a galangina, a pinocembrina e a catequina, dois ácidos fenólicos cinâmico e cafeico e resveratrol.
Na sua composição "bruta", o própolis contém outras substâncias inativas como a cera. Por isso, para aproveitar ao máximo o benefício destes flavonoides, o própolis passa por diferentes processos para separar essas substâncias inativas que representam até 90% da sua composição e assim obter um própolis purificado.
Por isso, o ideal é que, em suplementos alimentares que contêm própolis, estes contenham um conteúdo mínimo de flavonoides de 10%.
Além dos flavonoides, o própolis contém importantes vitaminas, como as B1, B2 B6, C e E e minerais como o magnésio, cálcio, potássio, sódio, cobre, zinco, manganês e ferro, o que pode ser útil durante processos de astenia favorecendo os processos metabólicos do nosso organismo.
Vitaminas e minerais para combater a astenia primaveral
As vitaminas e os minerais são micronutrientes requeridos pelo organismo em quantidades muito pequenas, mas mesmo assim são essenciais e de vital importância para o seu bom funcionamento. De facto, devem ser ingeridos diariamente uma vez que não são produzidos pelo nosso corpo, mas sim utilizados e/ou armazenados. Participam diretamente no funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico, por isso são de interesse quando se apresentam sintomas de astenia. Estão presentes em frutas, verduras, cereais e leguminosas.
O complexo vitamínico B e a vitamina C são as mais recomendadas durante o período de astenia, pois favorecem o metabolismo energético, o funcionamento correto do sistema nervoso e ajudam a reduzir o cansaço e a fadiga. Entre os minerais podemos mencionar o magnésio não só pela sua participação no metabolismo energético, mas também porque favorece o funcionamento muscular.
O que fazer se os sintomas de astenia persistirem?
Os sintomas de astenia primaveral costumam aparecer com a mudança de clima, normalmente coincidindo com a mudança de estação do inverno para o verão, durando duas ou três semanas. Se estes sintomas persistirem por mais tempo, é recomendável consultar um médico.
Quando consultar um médico?
"Se algum dos sintomas for intenso e impedir de realizar as tarefas do dia-a-dia, não é recomendável fazer um autodiagnóstico, uma vez que o médico de família será o mais indicado para determinar o que se passa e poder indicar as diretrizes a seguir", diz o médico.
Sintomas persistentes por mais de duas semanas
Recomenda-se consultar o médico de família ou especialista se outros sintomas diferentes dos da astenia primaveral surgirem, como por exemplo, fadiga e cansaço extremo, febre, tosse ou congestão nasal, para obter um diagnóstico preciso e descartar outros possíveis problemas de saúde mais graves (anemia, descompensações em doentes crónicos, causas virais, alergias, etc.).
Deve-se ter em conta que a astenia não é um distúrbio psicológico, como se costuma acreditar, mas se a sensação de cansaço ou tristeza persistir durante várias semanas, um especialista deverá avaliar se não se trata de outro problema que necessite de tratamento (stress, ansiedade, depressão, etc.).
Conteúdo elaborado com a colaboração do Dr. Jacinto Valverde Navas. Este artigo é informativo e não substitui a consulta de um especialista.
Sobre o especialista
Doutor Jacinto Valverde Navas
Com mais de 30 anos de experiência, o doutor Jacinto Valverde Navas é chefe do serviço de Medicina Interna no Hospital Beata María Ana de Jesus em Madrid, onde exerce um atendimento clínico, completo e científico ao paciente numa perspectiva integral.